27 maio, 2007

Foi muito bom!!!

Quem disse que seria tão fácil??? Fácil sinceramente não foi!!! Más foi gratificante... Lutamos, corremos atrás, foram horas e horas, madrugadas e madrugadas trabalhando e no final a sensação que tive foi de "dever cumprido".
No primeiro dia , ver aquela agonia, para inscrições, ver a resposta dos estudantes da faculdade, ver os resultados que alcançamos, meu Deus!!!Sem falar nas oficinas... Lembro que nas outras edições da Semana de Software Livre, era um sufuco para colocar o auditório com pelo menos a metade de sua capacidade, as oficinas só faltavamos pegar o povo pelo braço!!!
Hoje vejo que toda a divulgação e não somente isso!!! A necessidade dos estudantes de conhecer levou a todo esse movimento que foi a III Semana de Software Livre da Faced.
Temos uma realidade vivenciada em nossa faculdade!Os laboratórios e os Tabuleiros Digitais funcionando em Software Livre, de uma certa forma também foram nosso carro chefe de divulgação. É a partir deles que surge a necessidade dos alunos de conhecer mais!!!!
Enfim... Queria aqui registar esses momentos de discussões: inclusão digital, software livre, cultura digital, politicas públicas, tabuleiros digitais, Irecê, MetaReciclagem, e muito mais...
Aqui estão algumas fotos do que foi a III SSL, depois escrevo mais sobre tudo...
abraços...




Cool Slideshows!



09 maio, 2007

Plano Nacional para a Educação

Texto escrito pelo Prof. Nelson Pretto, diretor da Faculdade de Educação/ UFBA. Esse texto foi publicado no jornal A Tarde de 08/05/2007. Gostei muito do que li, Nelson deixa claro os problemas apontados na educação!Ao meu ver, planos como esses, que parecem ser verdadeiras "varinhas de mágicas", não consegue resolver a essencia da problemática da Educação! Leiam, vale a pena!
Alarde na educação
Nelson Pretto - Diretor da Faculdade de Educação da UFBA - www.pretto.info
Quanto alarde! A partir do anúncio do governo federal de um plano nacional paraa educação no Brasil, a imprensa voltou a discutir exaustivamente a qualidadedo ensino brasileiro, principalmente por conta da criação do novo Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A introdução desse novo índice, que articula diversos outros já existentes,possibilitará, é verdade, identificar as situações extremas de pouca qualidadeda educação nos municípios, sendo um importante passo, mas, convenhamos, não o fundamental.
Afinal de contas, qual a novidade que esse índice nos apresenta? Nenhuma! Não éde hoje que conhecemos a triste realidade educacional do País e da nossa Bahia,que aparece com um dos piores resultados, possuindo sete entre os 20 municípioscom pior ensino público de 1ª à 4ª série.
Recentemente, foram divulgados os resultados de uma pesquisa realizada peloInstituto Montenegro e a ONG Ação Educativa, repercutidos aqui em A TARDE,sobre o nível de alfabetização dos brasileiros, e estes já apontavam que aalfabetização integral só acontece no ensino médio, e assim mesmo apenas 56%dos que concluíram o ensino médio podem ser considerados conhecedores plenosdas letras, e menos de 50% possuem habilidade plena com os números.
Contudo, nem mesmo desses dados precisaríamos. Converse com os que estão ao seuredor, alunos do ensino médio da maioria das escolas, tanto públicas comoprivadas, e você mesmo verá o tal Ideb baixíssimo, mesmo não sendo umespecialista em estatística.Nossa juventude não sabe ler e contar, mas não sabe também pensar sobre ciência,cultura, estética, política, ética (ah! isso nem se fala, entretanto convenhamosque este não é problema particular da juventude!).
Outra pesquisa, desta vez com dados do IBGE e do Inep, divulgada no início desteano, aponta que do 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deveriam estar naescola, 40% não estavam porque acham “a escola chata”.
Faz-se muito alarde quando se constata uma realidade bem conhecida de todos nós,e bem pouco para a apresentação de soluções e projetos.
O lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação tem o mérito de tratar oconjunto do sistema educacional, da creche à pós-graduação, como um todo.
Mas, mesmo assim, precisamos olhar com mais atenção para essa problemática.Nós, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), não temosdúvida: só se encaminha a resolução dos problemas estruturais da educação setivermos coragem de afastar definitivamente a perspectiva mercadológica, ondetudo é comprado e vendido, com ênfase no sucesso e no consumo, emdetrimento devalores éticos, e a partir da qual a educação é reduzida a um processo fabrilde transmissão de conhecimento, afastada das ciências e das culturas.
Também não temos dúvida de que é fundamental o fortalecimento do professor, nãosó com a garantia de um significativo piso salarial. Concomitantemente, faz-seimperioso resgatar a dignidade e autonomia dos professores, para que voltemeles a ser, efetivamente, produtores e estimuladores de culturas e deconhecimentos, e não meros repassadores de informações.
As escolas, por sua vez, precisam ser fortalecidas como espaços de criação, comforte envolvimento da comunidade, com fortalecimento do papel protagonista decrianças, jovens e adolescentes.
Os currículos precisam ser repensados, a formação dos professores, desde ainicial até a continuada, necessita do intenso envolvimento das instituiçõespúblicas de ensino superior, que precisam, de igual forma, ser fortalecidas.
E tudo isso não é novidade. De há muito, nós educadores insistimos nisso. ABahia possui uma rede de instituições públicas espalhada pelo Estado que, sefortalecida, com recursos e infra-estrutura, pode estar articulada com osmunicípios na montagem e execução de um projeto revolucionário de formação decidadania.
Esse não é apenas um papel do MEC ou da Secretaria de Educação, deveria, sim,ser uma ação estratégica do governo como um todo e em conjunto com a sociedade,que, com independência e autonomia, exerceria permanente o seu papel defiscalizadora das ações dos governantes.